A proteção radiológica ou radioproteção pode ser conceituada como, de acordo com a norma da CNEN 3.01/2014, “conjunto de medidas que visam a proteger o ser humano e seus descendentes contra possíveis efeitos indesejados causados pela radiação ionizante.” Para que este conjunto de medidas possa ser realizado, são necessários diversos processos, como controle de qualidade dos equipamentos emissores de radiações ionizantes, treinamentos dos profissionais que operam os equipamentos, testes de integridade da infraestrutura das salas, dentre outros.
4 princípios básicos da radioproteção:
A proteção radiológica segue quatro princípios básicos, segundo a Resolução da Diretoria Colegiada do Ministério da Saúde RDC nº 611, de março de 2022:
1) Justificação
Nenhuma prática ou fonte associada a esta prática será aceita pela CNEN a não ser que produza benefícios para os indivíduos expostos, profissionais e meio ambiente, considerando fatores sociais e econômicos.
2) Otimização (ALARA)
A proteção radiológica deve ser otimizada de forma que a as doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exequível, considerando os fatores econômicos e sociais.
3) Limitação de Dose
Exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo as doses no corpo humano, causadas pela possível combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, não excedam os limites de dose tabelados pela CNEN 3.01/2014.
4) Prevenção de acidentes
União de todos os princípios supracitados afim de evitar exposições desnecessárias ao paciente, ao profissional, ao público e ao meio ambiente.
Responsáveis técnicos
É importante lembrar que os responsáveis técnicos e representantes legais das instituições de radiologia são incumbidos de garantir que a proteção radiológica seja cumprida no serviço, podendo delegar esta função a um profissional habilitado. Assim como os profissionais das técnicas radiológicas também são responsáveis por trabalhar de forma a garantir a total segurança do paciente e do público. Por fim, o próprio paciente, uma vez que compreenda os riscos envolvidos nas exposições às radiações ionizantes, pode solicitar o uso de protetores plumbíferos, quando estes não interferirem na qualidade final do exame.
